Apuntes acerca de la producción epistemológica de la corporalidad suicida

Abstract

El objetivo de este artículo es problematizar la producción del cuerpo en el fenómeno del suicidio desde una perspectiva epistemológica. Se trata de proponer una discusión sobre las formas en que algunas disciplinas han conceptualizado este comportamiento y los efectos sociales y políticos de estas conceptualizaciones. El debate estará situado desde una interpretación de lo corporal que no se subsume con facilidad en un asunto anatómico o biológico. Así, se discuten algunos aspectos generales por la formación de lo corporal y el lugar intelectual de algunas tradiciones filosóficas y sociológicas que han debatido acerca del suicidio y las maneras en que se producen conceptualizaciones acerca de la corporalidad. Finalmente se desarrolla una discusión sobre las implicaciones que tiene para los estudios sobre el comportamiento suicida pensar la corporalidad desde la desnaturalización de su carácter patológico.

The aim of this essay is to problematize the production of the body on the phenomenon of suicide from an epistemological perspective. The intention is to propose a discussion on the ways in which some disciplines have conceptualized this behavior and the social and political effects of these conceptualizations. The debate will be situated from an interpretation of the body that is not easily subsumed in an anatomical or biological issue. Thus, some general aspects of the formation of the corporeal and the intellectual place of some philosophical and sociological traditions that have debated about suicide and the ways in which conceptualizations about corporeality are produced are discussed. Finally, a discussion is developed on the implications for studies on suicidal behavior of thinking about corporeality from the denaturalization of its pathological character.

O objectivo deste ensaio é problematizar a produção do corpo sobre o fenómeno do suicídio, de uma perspectiva epistemológica. A intenção é propor uma discussão sobre as formas como algumas disciplinas conceptualizaram este comportamento e os efeitos sociais e políticos destas conceptualizações. O debate será situado a partir de uma interpretação do corpo que não é facilmente subsumida a uma questão anatómica ou biológica. Assim, são discutidos alguns aspectos gerais da formação do corpo e o lugar intelectual de algumas tradições filosóficas e sociológicas que têm debatido sobre o suicídio e as formas como são produzidas conceptualizações sobre a corporeidade. Finalmente, desenvolve-se uma discussão sobre as implicações para os estudos sobre o comportamento suicida do pensamento sobre a corporeidade a partir da desnaturalização do seu carácter patológico.